quarta-feira, 29 de junho de 2011

RUBENS PEREIRA MUNHOZ

Filho do General RAUL MUNHOZ e de HAIDÉE PEREIRA MUNHOZ
Nasceu em Curitiba - Paraná no dia 12 de novembro de 1899

RUBENS P. MUNHOZ na Escola Técnica de Artífices de Curitiba
Frequentou a Escola Alemã das Irmãs da Divina Providência, onde fez o curso básico, sendo alfabetizado em português e alemão. Já na adolescência, com grande habilidade manual, interessou-se por mecânica, tendo concluído seus estudos na Escola Técnica de Artífices de Curitiba. 

RUBENS P. MUNHOZ e sua equipe de ginastas 30/08/1920.
Dedicou-se sempre a práticas esportivas, como ginasta, fazendo parte do grupo de ginastas do Clube de Tiro Rio Branco. Com o advento da aviação, esse passou a ser o centro de sua atenção, tornando-se mesmo uma verdadeira paixão! Considerou também a aviação como mais uma desafiante modalidade de esporte.

Como não havia em Curitiba o curso que pretendia e por ser filho de militar, o que obrigava a família a constantes mudanças, optou por continuar seus estudos no Rio de Janeiro. Prestou o serviço militar no Campo dos Afonsos - RJ, onde esteve de 1921 a 1923, fazendo então aí o curso de mecânica de aviões. Nessa mesma ocasião teve também suas primeiras instruções de vôo, mas sem ainda tirar o brevê [1].
RUBENS MUNHOZ e um colega militar no Campo dos Afonsos - RJ
RUBENS PEREIRA MUNHOZ - Campo dos Afonsos - RJ - 1922
 RUBENS PEREIRA MUNHOZ, segundo à esquerda, 
em frente ao avião Nieuport 11 no Campo dos Afonsos - RJ - 1922
RUBENS MUNHOZ ao lado de um mecânico durante 
o Raid Rio-Curitiba no posto de controle e socorro em Santos SP.
Sua volta a Curitiba, coincide com o Raid Aéreo Rio - Curitiba em 1924, realizado pelos Tenentes Haroldo Borges Leitão e Adyr Ticoulat Guimarães. 


Tenta então, motivado pelo seu amor à aviação e o curso que acabara de fazer, fundar um Aeroclube em Curitiba. Apesar do entusiasmo de alguns amigos igualmente fascinados pela possibilidade de voar e do apoio de Herbert Munhoz Van Erven, que era seu primo, amigo, respeitável jornalista e grande incentivador, sua ideia não se concretiza.


Mais tarde com a adesão do Tenente Aviador Miguel Balbino Blasi, que já era brevetado pela Aviação Naval e com curso de Engenharia Aeronáutica, foram incumbidos de organizar o Serviço de Aviação Militar. Para isso, foram os três: Rubens Pereira Munhoz, Herbert Munhoz Van Erven e Miguel Balbino Blasi, comissionados no posto de Segundo Tenente.
Avião LATE 26 no campo de pouso do Cajuru - 1930.
Aviões LATE 26 no campo de pouso do Cajuru - 1930.
No início de outubro de 1930, construíram um campo de pouso de 300m x 20m, no local onde hoje é o Hipódromo do Tarumã. Vieram do Rio de Janeiro dois aviões Potez e Latecoere, com o objetivo de dar apoio às forças de Getúlio Vargas. Entretanto não chegaram a entrar em ação militar, mas fizeram demonstrações de vôo sobre a cidade. Com isso, várias autoridades locais entusiasmaram-se com a proposta de criar um aeroclube na Capital do Paraná.


Terminada a revolução, os aviões retornaram ao Rio de Janeiro e a tripla comissão foi oficialmente desfeita.


Porém, o sonho desses precursores, estava ainda mais forte do que antes desses acontecimentos. Continuaram juntos, estreitaram amizade, conquistaram adeptos, divulgaram seus ideais. Palestras foram feitas sobre a aviação, tendo grande repercussão! Conquistaram a adesão de Felinto Jorge Eisenbach, que era representante em Curitiba de uma companhia de aviação (famosos Junkers).
RUBENS PEREIRA MUNHOZ,  EDUARDO VIRMOND LIMA, 
FILINTO JORGE EISENBACH  e MIGUEL BALBINO BLASI.
Após quase 10 anos de muito empenho e determinação, no dia 09 de janeiro de 1932, três paranaenses: Rubens Pereira Munhoz, Capitão Miguel Blasi e Felinto Eisenbach, fundaram o Aeroclube do Paraná, com a indispensável participação de autoridades civis e militares e com o apoio de pessoas de projeção na sociedade e na política. 


A reunião de fundação foi realizada na Casa do Mate - Palácio Avenida, e primeira diretoria, assim constituída:

Presidente - Eduardo Virmont Lima
Vice-presidente - Bertoldo Hauer
Secretario - Felino Jorge Eisenbach
Secretario assistente - Rubens Pereira Munhoz
Tesoureiro – Álvaro Junqueira Junior
Tesoureiro assistente - Kurt Oscar Muller
Diretor Técnico - Miguel Balbino Blasi
Diretor Técnico assistente - Carlos Luhm
Consultor Jurídico - Herbert Heisler

Nasce assim o Aeroclube do Paraná, o segundo mais antigo do Brasil.

RUBENS P. MUNHOZ 2º da direita na frente do avião FLEET BRASIL no AEROCLUBE DO PARANÁ.
Como praticamente na mesma época tiveram origem à aviação militar e a escola de pilotagem, inicialmente, o aeroclube teve militares como seus instrutores e professores.
Instrutor Tenente OSWALDO CARNEIRO LIMA.
Rubens Pereira Munhoz que já havia tido aulas de vôo, quando de seu serviço militar e curso de mecânica aeronáutica no Rio de Janeiro, pôde então concluir as horas de vôo necessárias para obter o seu brevê. Essa foi, sem dúvida, uma das datas mais importantes para ele, pois com muito orgulho e alegria fazia parte da primeira turma de brevetados do clube que ele mesmo tivera a honra de fundar.
FLEET "PARANÁ" pilotos, instrutores e convidados.
Via assim o seu sonho transformado em dupla realidade: fundar o Aeroclube, pelo qual batalhara tantos anos e voar pilotando seu próprio avião!

SANTOS DUMONT
Conhecia, com detalhes, a vida e obra de Santos Dumont, a quem considerava um gênio. Orgulhava-se por ele ser brasileiro; era seu herói desde criança. Essa profunda admiração e respeito foi, sem dúvida, o que lhe despertou a vontade de voar!

Por sua formação ter sido inicialmente militar, manteve um ótimo relacionamento com o Regimento de Aviação, conseguindo sempre total apoio e incentivo por parte da Aeronáutica. Fazendo parte de várias e subsequentes diretorias do Aeroclube e como instrutor de vôo, Rubens Pereira Munhoz, esteve sempre presente, lutando exaustivamente pelo crescimento do clube e engrandecimento da aviação, no Estado do Paraná.



Paralelamente, durante muitos anos exerceu, de forma igualmente competente e dedicada, o cargo de Procurador da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.


Trabalhou como funcionário público, no Departamento de Arrecadação do Estado do Paraná, onde se aposentou como diretor.

AEROCLUBE DO PARANÁ

Em seu primeiro ano de fundação, ainda resolvendo questões técnicas e burocráticas o Aeroclube já contava com cento e quatro associados.

Em 26 de março de 1932 o Aeroclube foi declarado de utilidade pública 
(Decreto-Lei 723).

No dia 25 de abril de 1932, recebeu a doação de um terreno para sua sede (Decreto-Lei 964) de 250.000m2 com entrada pela estrada Graciosa, atual Avenida Erasto Gaertner e no dia 15 de maio de 1932 a solenidade de inauguração contou com a presença do Senhor Interventor Manuel Ribas. Foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do Paraná e a do Aeroclube. Batizaram o aeródromo com o nome de Graciosa, hoje Bacacheri.


O Aeroclube filiou-se ao Aeroclube do Brasil e a Federação Aeronáutica Internacional, sediada em Paris, o que lhe deu maior reconhecimento.


FLEET "CURITYBA" e pilotos.
Suas prioridades foram então a construção de um campo e a aquisição de aviões para treinamento. Depois de muita luta para a construção de um hangar, finalmente por doação do 5º Regimento de Aviação, chegam ao Aeroclube quatro aviões Fleet [2] (bi-plano, biplace) para instrução de fabricação canadense e equipados com motores kinner[3] americanos. Sua utilização principal era para instrução de vôo, mas também foram admirados em festivais aéreos. Nessas ocasiões podiam ser vistos no céu fazendo acrobacias e despertando maior respeito por seus audazes pilotos. Receberam os nomes de Brasil, Paraná, Curityba e Bacacheri


Além destes aviões Fleet, foi disponibilizado pelo 5º Regimento de Aviação, um Waco-CSO [4], para treinamento dos alunos do Aeroclube. 
OSWALDO CARNEIRO LIMA, EWALDO SCHIBLER, SINVAL LEME,
HUMBERTO BERTOLDI e RUBENS P. MUNHOZ
OSWALDO CARNEIRO LIMA, HUMBERTO BERTOLDI, RUBENS P. MUNHOZ e SINVAL LEME a frente do FLEET CURITYBA
RUBENS PEREIRA MUNHOZ e DAVI MURICY em um momento de lazer.

EWALDO SCHIBLER e RUBENS PEREIRA MUNHOZ no FLEET "PARANÁ"

RUBENS  MUNHOZ, EWALDO SCHIBLER  e DAVI MURICY.
Pausa para o cafézinho após a conclusão do curso de pilotos em 1939.
CAPITÃO SALVADOR R. LIZARRALDE, TENENTE OSWALDO CARNEIRO LIMA, MOACYR MANFREDINI,
não identificado, RUBENS P. MUNHOZ, DR. ALOYSIO SANTOS e EWALDO SCHIBLER

Em 1933, por iniciativa do Aeroclube, a Prefeitura Municipal inaugura a Praça Santos Dumont, no centro da cidade, em frente do então Colégio Estadual do Paraná.


O Aeroclube lançou um concurso de protótipos, entre os mais renomados escultores, para a construção de um monumento em homenagem a Alberto Santos Dumont , que veio a ser o primeiro no Brasil. Rubens Pereira Munhoz, como tesoureiro da comissão é encarregado de angariar fundos para a execução da obra, o que para ele foi muito gratificante, pois era uma oportunidade de por mais uma vez, ver reconhecido aquele grande homem, que no dia 23 de outubro de 1906, em Paris, com o 14 BIS [5], deu início ao sonho de voar!

A escultura escolhida foi a do artista Iolando Malozzi e a solenidade de inauguração foi no dia 22 de dezembro de 1935, sendo o monumento erigido na Praça Santos Andrade, em frente da Universidade Federal do Paraná[6].

ZEPPELIN - Foto  pertence ao acervo fotográfico da família Hauer, 
 passando pelo centro da cidade de Curitiba, em meados de 1934.
Graças a crescente influência e reconhecimento público do Aeroclube e a seu pedido, no dia 1 de dezembro de 1936, Curitiba pode ver o gigantesco dirigível Graff Zeppelin (LZ127) [7] orgulho da aviação alemã, que realizou 590 viagens, 144 das quais travessias oceânicas, sobrevoando a cidade, sendo ovacionado pela entusiasmada multidão que saíra às ruas para observar.


Apesar dessas conquistas, o Aeroclube padeceu anos de muitas dificuldades, tanto de ordem material quanto pela instabilidade política que o mundo atravessou no final da década de 30, refletida também aqui, e com o pouco apoio das autoridades civis.


Veio a guerra.


A aviação evoluiu passando a ser poderosa arma militar, mas também reconhecida no mundo todo, como indispensável para o progresso.


O Aeroclube passou por mudanças, adaptações, percalços, mas com a persistência de seus fundadores e seus seguidores, continuou conquistando respeito e admiração. Não havia remuneração para seus dirigentes e instrutores e a mensalidade cobrada de seus alunos e associados era insuficiente para cobrir os custos de manutenção do clube e de seus aviões.


Mesmo com todas essas dificuldades, um nome estava sempre presente: Rubens Pereira Munhoz, que com sua dedicação e trabalho pelo Aeroclube, mantinha seu ideal e amor pela aviação.


Apenas em 1961, em decorrência de um derrame cerebral, afastou-se do Aeroclube. Resistiu durante vinte anos, com períodos de trégua, em sua luta contra um câncer e as sequelas do derrame, entretanto, sem poder voltar às atividades que tantas alegrias lhe deram durante tanto tempo.


Manteve uma resignação e amor à vida, dignos do homem de fé e de caráter que sempre foi. Diariamente pedia que o levassem, em sua cadeira de rodas, ao quintal de sua casa ou próximo a uma janela de onde pudesse ver um pedaço do céu, na esperança de talvez acompanhar um avião passando.


Faleceu em 11 de dezembro de 1981.

RUBENS PEREIRA MUNHOZ - (1899 - 1981).
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SER PILOTO

Por Francis Gary Powers, famoso piloto da USAF, derrubado na Rússia em 1960.


Existem dois tipos de pilotos, aqueles que levam em seu sangue a necessidade de voar, pelas mesmas razões que precisam dormir, comer ou respirar, e aqueles que o fazem apenas pela tarefa, por obrigação ou por não ter outra alternativa. Esses últimos normalmente chegam à profissão por acaso ou outra forma não planejada. Os primeiros frequentemente tem a inquietude desde pequenos, quando viam nos aviões algo notável, místico, sublime, talvez muitos destes começaram desde pequenos a construir modelos de aeroplanos, ou acumulando fotos e pôsteres ou qualquer outra coleção com motivos aéreos. Conheciam as especificações e dados de qualquer avião com riqueza de detalhes.


Quando crescem e têm a sorte de realizar seu sonho de criança, desfrutam plenamente do seu trabalho e sentem-se os homens mais sortudos do planeta. 


Os pilotos são uma classe à parte de humanos, eles abandonam todo o mundano para purificar seu espírito no céu, e somente voltam à terra depois de receber a comunicação do infinito. Esse grupo conhece a diferença entre voar para sobreviver e sobreviver para voar. A Aviação os ensina orgulho como também humildade e apesar de que voar é uma magia, eles caem voluntariamente vítimas de seu feitiço. Quando estão na terra, durante dias ensolarados, observam continuamente o firmamento com saudades de estar ali, durante dias chuvosos e nublados revêem os procedimentos de vôo em suas mentes. O piloto sabe que o melhor simulador de vôo esta em si mesmo, em sua imaginação, em sua atitude, porque a mente do piloto esta sempre acessível a elementos novos e compreende que para voar é preciso acreditar no desconhecido.


No mais, os pilotos são homens lógicos, calmos e disciplinados, que pela necessidade precisam pensar claramente, de outra maneira se arriscam a perder violentamente a vida ao sentar-se na cabine. O verdadeiro piloto não amarra seu corpo ao avião, pelo contrário, através do arnês ele amarra o avião em suas costas, em todo seu corpo. Os comandos da aeronave passam a ser uma extensão de sua personalidade, essa simples ação une o homem ao aparelho na simetria de uma só entidade, numa mistura única e indecifrável, cada vibração, cada som, cada cheiro tem sentido e o piloto os interpreta apropriadamente.


Não há duvida de que o motor é o coração do avião, mais o piloto é a alma que o governa. Os pilotos não vêem seus objetos de afeição como máquinas, ao contrário, são formas vivas que respiram e possuem diferentes personalidades, em alguns momentos falam e até riem com eles.


Esses seduzidos mortais percebem os aviões com uma beleza incondicional, porque nada estimula mais os sentidos de um Aviador que a forma esquisita de uma aeronave, não podem evitar, estão infectados pelo feitiço, e viverão o resto de suas vidas contemplados pela magia de sua beleza.


Para o piloto perceber um avião é como encontrar um familiar perdido, uma e outra vez.


Quando o destino trágico mostra sua inexorável presença e vidas se perdem em acidentes a essência do piloto se entristece pelo acontecido, mais não poderá evitar, talvez por infinitesimal segundo, que a sombra de seu pensamento volte aos aparelhos, e um golpe de afeição pelo amigo caído seja inevitável.


Para o Aviador o som dos pistões é uma bela sinfonia, o som de um jato a síntese da força. Aviões perigosos não existem, somente não são pilotados adequadamente, para eles os aeroportos são altares ao talento humano. Ali se realizam diariamente os desafios e os milagres frente às energias da natureza e a força da gravidade. São lugares sagrados, onde o ritual de voar se exalta e se glorifica, de onde caminhos e fronteiras se encontram e o mundo fica pequeno, nos que se chora de alegria e também de tristeza, onde nascem esperanças e sucumbem ideais, onde os sons do silêncio habitam as lembranças.


No ar o piloto esta em seu elemento, em sua casa, ao que pertence, é ali que ele se liberta da escravidão que o sujeitam na terra. É um dom de Deus que ele aceita com respeito e alegria. Este privilégio lhe permite escalar as prodigiosas montanhas do espaço, e alcançar dimensões no firmamento que outros mortais não alcançarão. Este presente permite apreciar a perfeição do criador e o absurdamente pequeno humano.


Permite-lhe igualmente reconhecer que ninguém há visto a montanha dali, como sua sombra do céu. Distinguir uma pessoa que deu sua alma à Aviação é fácil, em meio à multidão quando um avião passa seu olhar volta-se imediatamente ao firmamento buscando-o e não descansará até que o veja. Não importa quantas vezes haja vista o mesmo avião, é preciso vê-lo novamente, é algo inconsciente e espontâneo. Os pilotos talvez possam explorar os elementos físicos do vôo, mas descrever o que ocasiona sua existência é impossível  porque explicar a magia de voar está além das palavras.


[1] Brevê ou brevete (do francês brevet) é um documento que dá ao seu titular a permissão para pilotar aviões. Tem a vertente civil e militar. Tal como nos outros documentos, pode ser usado em nível profissional (pilotos comerciais da aviação civil, pilotos privados, etc.) como em nível amador: indivíduos que exerçam profissões não relacionadas com a pilotagem, mas que a usam como um hobbie - Fonte: Wikipédia.
[2] FLEET: Avião bi-plano canadense com motor americano importado pelo Brasil no fim dos anos 20. A Fleet fabricou aeronaves de 1928-1957.
[3] KINNER: Motor de 05 cilindros, refrigerado a ar, 100hp a 1.810 rpm a 1.650 max/70hp rpm cruzeiro, produzido nos Estados Unidos da América para aeronaves esporte desenvolvido por Kinner "Bert" Winfield B. 
[4] WACO CSO: Fabricado por The Waco Aircraft Company – Estados Unidos da América. Motor: Wright Whirlwind R-760 de 250 h.p., radial de 07 cilindros. Era um avião com capacidade para um tripulante (cabina traseira) e dois passageiros (cabina dianteira), utilizado em missões de combate (São Paulo-1932), pelos correios aéreo militar e naval, de 1932 a 1942, e, posteriormente, como avião de transporte até 1948.
[5] 14 BIS: Foi o primeiro avião mais pesado que o ar a conseguir decolar por seus próprios meios. Esse fato histórico teve lugar em Bagatelle (centro de Paris), no dia 23 de outubro de 1906. Nessa data, Santos Dumont decolou com seu 14 BIS e percorreu 60 metros em 7 segundos, voando a uma altura de 2 metros do solo, perante mais de mil espectadores e da Comissão Oficial do Aeroclube da França, que era uma instituição de reconhecimento internacional e autorizada a homologar qualquer descoberta aeronáutica marcante, tanto no campo dos aeróstatos (veículos mais leves que o ar), como no dos aeródinos (veículos mais pesados que o ar). Fabricante: Alberto Santos Dumont – Motor: Antoinette de 50 h.p., 08 cilindros em “V”, refrigerado a água. Fonte: Museu Aeroespacial
[6] Encomendado pelo Aeroclube do Paraná, após a morte de Dumont, em 1932, a escultura, prevista para ser inaugurada em 19 de dezembro de 1935, foi entregue em meio a muitas solenidades em 22 do mesmo mês. A obra vencedora, de um concurso do qual participaram "oito escultores de renome" (CALOMENO, 1997, p. 21-22), apresenta um homem de corpo atlético heroicamente estilizado, que ergue nos braços elementos mecânicos como um troféu da modernidade e apóia-se em um pedestal construído por Domingos Grecca. A obra foi encomendada ao escultor, radicado no Rio de Janeiro, Iolando Malozzi, vencedor do concurso.
[7] GRAF ZEPPELIN (LZ 127): Foi um dirigível fabricado pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha, tinha 213 m de comprimento, 5 motores, transportava 20 passageiros e cerca de 45 tripulantes e um volume de 105.000 m³, sendo o maior dirigível da história até a data de sua construção em 1928. O primeiro vôo aconteceu em 1928, ligando Frankfurt a Nova York, e durou 112 horas. Em 29 de agosto de 1929, comandado por Hugo Eckener, completou o primeiro vôo em redor do mundo ao aterrizar em Lakehurst, Nova Jersey, nos Estados Unidos da América. Fonte: Wikipedia

FONTES: CALOMENO, ADIL - 1997 - HISTÓRIA DO AEROCLUBE DO PARANA / WIKIPEDIA / GOOGLE / TEXTOS EXTRAÍDOS DOS VERSOS DAS FOTOS DO ACERVO DE RUBENS PEREIRA MUNHOZ.
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AVIÃO FLEET - BRASIL




Fotos da maquete do Avião Fleet - Brasil com seu piloto Rubens Pereira Munhoz, construída pelo seu neto Ricardo Munhoz Bürgel, premiada com troféu e medalha de ouro de melhor Scratch Building (construção do zero) na X Convenção Nacional da IPMS Curitiba, realizada nos dia 05 e 06 de novembro de 2011 no Museu do Expedicionário na cidade de Curitiba/PR.